
Central Córdoba segura Flamengo e deixa Grupo C embolado
No futebol sul-americano cada ponto pode mudar o destino de um grupo, e foi justamente isso que Central Córdoba e Flamengo mostraram na noite do dia 8 de maio de 2025, no Estadio Único Madre de Ciudades. O empate em 1 a 1 não só manteve o time carioca na liderança do Grupo C, mas também deu mais esperança ao time argentino, que já tinha vencido no Maracanã e mostrou personalidade diante de uma das principais camisas do continente.
O Flamengo entrou pressionado depois do tropeço para o mesmo adversário no Rio, e foi para cima logo nos primeiros minutos. Juninho, jovem atacante rubro-negro, abriu o placar aproveitando boa jogada de Bruno Henrique, que acertou na medida para seu companheiro com um passe açucarado. Com a vantagem em mãos, o Flamengo até tentou controlar a posse de bola, mas encontrou um Central Córdoba empurrado pela torcida e disposto a se recuperar após sair atrás no placar.
O time argentino igualou por meio de um chute certeiro na sequência de insistência no ataque. O jogo ficou mais tenso e truncado, com ambos os times apostando em jogadas rápidas e muitos duelos físicos. Flamengo teve 83% de precisão nos passes e mostrou organização para segurar a pressão, mas também precisou do goleiro em pelo menos três lances difíceis. Os números mostram que o Central Córdoba finalizou oito vezes, sendo duas no alvo, e teve 45% do tempo com a bola nos pés – longe de ser um domínio, mas o suficiente para incomodar a defesa rival.

A luta por vagas e os bastidores pegando fogo na Libertadores
O empate deixa a tabela pegada: Flamengo é líder com três pontos, seguido por Central Córdoba e Liga de Quito com um ponto. Com o Deportivo Táchira correndo atrás, o grupo promete disputa até a última rodada. Além da batalha em campo, a Libertadores tem sido palco de discussões fora das quatro linhas. A CONMEBOL anunciou, dias antes do jogo, o ex-jogador Ronaldo como chefe de uma força-tarefa para combater o racismo na competição. A decisão veio depois de várias denúncias, inclusive com o Palmeiras cobrando publicamente mais rigor da entidade contra episódios recentes de discriminação.
No jogo entre Flamengo e Central Córdoba, o Flamengo mostrou força defensiva com 16 desarmes e Bruno Henrique, mesmo sem marcar, foi peça crucial nos contra-ataques. Do lado argentino, a determinação em avançar, mesmo sem a bola, rendeu três chutes bloqueados – uma amostra da entrega do time da casa.
Já está claro que o clima na Libertadores não é apenas de festa: jogadores, clubes e entidades estão cobrando mudanças para proteger todos os envolvidos e garantir mais respeito, não só nos gramados, mas também nas arquibancadas. Entre gols, desarmes e declarações fortes, a competição segue pegando fogo e cada partida tem peso de decisão.