
Erro de arbitragem no confronto contra o Estudiantes
Na noite de quinta-feira, o Flamengo venceu o Estudiantes de La Plata por 2 a 1 no Maracanã, mas o resultado ficou marcado por uma decisão que levantou dúvidas em torcedores e especialistas. O atacante equatoriano Gonzalo Plata recebeu o segundo cartão amarelo do árbitro colombiano Andrés Rojas, sendo expulso com pouco mais de 20 minutos restantes.
O que surpreendeu foi a gravação dos microfones da VAR, divulgada pela própria CONMEBOL. O áudio deixa claro que a equipe de revisão não encontrou qualquer falta que justificasse a segunda advertência. Um dos assistentes da VAR chegou a comentar que "não houve violação do atacante". Apesar de reconhecer o erro, a regra vigente impede a anulação de um duplo amarelo, mesmo quando o vídeo demonstra a falha.
Para o Flamengo, a expulsão teve impacto direto no andamento da partida. Jogando com um homem a menos, o time precisou segurar a vantagem e sofreu pressão intensa da equipe argentina, que acabou mantendo o placar reduzido. O incidente reacendeu o debate sobre a qualidade da arbitragem na competição sul‑americana, que já vinha sendo questionada por outros clubes nos últimos anos.

Reação do Flamengo e pressão sobre a CONMEBOL
Imediatamente após o fim do jogo, o Flamengo enviou um comunicado à CONMEBOL solicitando a revisão da punição e pedindo a anulação do cartão amarelo antes da partida de volta. Na mensagem, a diretoria alegou que a decisão foi "injusta" e que o clube está sendo prejudicado por um erro que poderia ter sido evitado.
Além do recurso, o clube pediu que o árbitro Andrés Rojas seja afastado de futuras partidas da Libertadores. A justificativa parte do fato de que Rojas figura entre os candidatos a apitar a Copa do Mundo de 2026, e seu desempenho nesta partida pode comprometer sua credibilidade.
Torcedores do Flamengo manifestaram revolta nas redes sociais, com hashtags como #ForaRojas e #JustiçaAoFlamengo dominando tendências. Comentadores esportivos começaram a questionar se há um viés contra os times brasileiros na competição, citando casos anteriores em que decisões controversas foram tomadas contra clubes do país.
O apelo do Flamengo chegou à CONMEBOL em meio a um clima de crescente pressão para melhorar os procedimentos de revisão de jogadas. Apesar de o órgão confirmar o erro de arbitragem, manteve a posição de que a regra do duplo amarelo não pode ser revertida. A decisão coloca o clube em uma situação delicada: aguardar o resultado da segunda partida com o risco de perder um jogador decisivo ou aceitar a punição e buscar alternativas táticas.
Enquanto isso, a comunidade de árbitros sul‑americana acompanha o caso de perto. Treinadores, jogadores e dirigentes têm pedido revisões nos protocolos da VAR, argumentando que a tecnologia deve servir para corrigir falhas claras, e não ficar limitada por normas que podem favorecer erros graves.
A partida de volta está marcada para a próxima semana, e o Flamengo ainda não recebeu uma resposta definitiva da CONMEBOL. O que se sabe até agora é que a disputa não se resume apenas ao confronto em campo; ela envolve questões de transparência, confiabilidade da arbitragem e a credibilidade da própria competição.
Se a diretoria do clube conseguir reverter a punição, Plata poderá estar à disposição para o segundo jogo, aumentando as chances de avançar às semifinais. Caso contrário, o time terá que adaptar sua estratégia e enfrentar a decisão como parte da realidade da Libertadores, que, segundo muitos, ainda precisa aprimorar seus mecanismos de justiça.