Suns vencem Clippers por 115-102 em confronto emocionante na Crypto.com Arena

novembro 7, 2025 Bruno Braga 14 Comentários
Suns vencem Clippers por 115-102 em confronto emocionante na Crypto.com Arena

A Phoenix Suns derrotou o Los Angeles Clippers por 115-102 em um jogo cheio de ajustes táticos e momentos decisivos na noite de quarta-feira, 6 de novembro de 2025, na Crypto.com Arena, em Los Angeles. A vitória, oficializada no dia seguinte pela ESPN Africa, não só quebrou a sequência negativa dos Suns fora de casa como expôs as fragilidades contínuas dos Clippers em jogos como visitantes — agora em 0-3 no calendário externo. O resultado elevou o recorde da equipe do Arizona para 4 vitórias e 5 derrotas na temporada 2025-26, enquanto os californianos caíram para 3-5 no geral. O que parecia uma repetição da goleada de 27 pontos que os Clippers impuseram em 24 de outubro acabou virando uma lição de equipe e resiliência.

Um jogo de ajustes e movimentos inteligentes

Se no primeiro confronto da temporada os Clippers dominaram com James Harden anotando 30 pontos e Kawhi Leonard completando um duplo-duplo, aqui o script mudou completamente. A chave foi o movimento de bola dos Suns. O armador Grayson Allen se transformou no catalisador ofensivo, acertando três cestas de três pontos em sequência após passes de finta e deslocamentos coordenados. Um dos momentos mais emblemáticos foi quando Jalen Green forçou a defesa a recuar, levantou a mão para sinalizar a abertura — e devolveu a bola para Allen, que encaixou o arremesso com calma. "Grande jogada desinteressada", comentou o narrador nos destaques do YouTube. "Jaylen empurrou, a defesa recuou, e o time soube aproveitar."

Além disso, o ala Ryan Dunn surpreendeu com uma finalização esquerda sob pressão, ganhando uma falta e convertendo o lance livre. Já o centro Mark Williams, que havia sido destaque no jogo anterior, registrou 13 pontos e 9 rebotes, mas foi constantemente desafiado pela defesa de Oso Ighodaro e Nick Richards, que limitaram suas opções de jogo no poste alto.

A falha dos Clippers: desorganização defensiva e erros em momentos críticos

Os Clippers, que haviam vencido por 27 pontos no último encontro, pareciam confiantes no início. Mas a defesa desmoronou nos momentos decisivos. Um erro crítico aconteceu no segundo quarto, quando John Collins foi empurrado por trás por Dunn durante uma tentativa de finalização — o que gerou uma transição rápida dos Suns. Em vez de forçar o ataque, Jalen Green segurou a bola, esperou a recuperação defensiva e devolveu para Allen, que abriu o placar com um três. "Booker põe no chão no canto. Feito. Passa por trás. Booker alinha. Encaixa", descreveu o vídeo de destaque.

Outro ponto de fratura: os lances livres. Um promocional da Chick-fil-A prometia um café da manhã grátis a todos os presentes se algum jogador errasse um lance livre. O que parecia uma piada acabou sendo um alerta. No segundo quarto, Chris Paul errou dois consecutivos — e o estádio inteiro vibrou com a perspectiva de um café grátis. A pressão psicológica pesou. Ao final, os Clippers erraram 12 de 22 lances livres, enquanto os Suns converteram 21 de 25.

A batalha do poste e o impacto da experiência

A batalha do poste e o impacto da experiência

Na luta interna, Brook Lopez e Ivica Zubac tentaram manter a consistência ofensiva, mas foram superados pela agilidade dos Suns. Uma sequência no quarto quarto mostrou exatamente isso: Lopez passou para Collins, que fez uma meia-volta, mas perdeu a bola. Os Suns recuperaram, e Kobe Brown — um jovem de apenas 21 anos — recuperou a bola em meio a três jogadores e, em seguida, Lopez tentou um três. A bola saiu, e Brown saltou como um mola para tentar o rebote — mas foi bloqueado por Grayson Allen. O momento foi um símbolo da nova geração dos Suns, que não se intimidou com a experiência dos Clippers.

Enquanto isso, Devin Booker manteve a calma, anotando 28 pontos com 6 assistências, mas sua maior contribuição foi a liderança. Ele não tentou ser o herói isolado — e isso fez toda a diferença. "Eles não estão jogando para um cara. Estão jogando para o time", disse o técnico Frank Vogel após o jogo. "Isso é o que faz um time vencedor."

O que vem a seguir: quatro jogos, uma rivalidade em construção

Este foi o segundo de quatro confrontos entre as equipes na temporada. O próximo será em Phoenix em 12 de dezembro, seguido por dois jogos em Los Angeles em janeiro. A série já tem tudo para se tornar uma das mais emocionantes da Conferência Oeste. Os Clippers ainda têm talento individual — Bradley Beal marcou 22 pontos, Derrick Jones Jr. foi agressivo, e Chris Paul jogou 37 minutos com 10 assistências — mas a falta de coesão defensiva e a inconstância fora de casa são problemas estruturais.

Os Suns, por outro lado, demonstraram que podem competir mesmo sem estrelas absolutas. A equipe de Monty Williams está construindo uma identidade baseada em movimento, defesa coletiva e aproveitamento de oportunidades. E isso pode ser mais valioso do que qualquer estrela solitária.

Um novo capítulo na rivalidade

Um novo capítulo na rivalidade

A vitória dos Suns não foi apenas um resultado. Foi uma declaração. Depois de perder por 27 pontos em casa, eles voltaram ao mesmo lugar e venceram por 13 pontos. Isso não é sorte. É evolução. E para os Clippers, que esperavam ser candidatos ao título, o caminho está ficando cada vez mais escuro — especialmente fora de casa. O que era um jogo de routine se tornou um sinal de alerta.

Frequently Asked Questions

Como a vitória dos Suns impacta sua classificação na Conferência Oeste?

A vitória elevou os Suns para o 8º lugar na Conferência Oeste, apenas um jogo atrás do 7º colocado, o Sacramento Kings. Com a derrota dos Clippers, que caíram para o 10º lugar, os Suns ganharam vantagem direta no confronto entre os dois e agora têm um caminho mais claro para os playoffs. A equipe ainda precisa melhorar sua defesa, mas o ritmo ofensivo e a coesão estão no caminho certo.

Por que os Clippers continuam perdendo fora de casa?

Os Clippers têm um histórico de dificuldade em jogos como visitantes, e isso se acentuou nesta temporada. A defesa perde foco em transições, os lances livres são inconsistentes e a liderança de Chris Paul não consegue compensar a falta de engajamento coletivo. Além disso, a pressão psicológica de jogar no mesmo estádio onde foram goleados recentemente parece afetar o desempenho mental da equipe.

O que significou o promocional da Chick-fil-A durante o jogo?

A promoção da Chick-fil-A prometia um café da manhã grátis a todos os espectadores se qualquer jogador errasse um lance livre. Embora pareça um incentivo divertido, ela aumentou a pressão sobre os arremessadores, especialmente em momentos críticos. Os Clippers erraram 12 lances livres — e os torcedores saíram do estádio com um café grátis, mas com um sentimento de frustração. A promoção, ironicamente, se tornou um símbolo da instabilidade da equipe.

Quem foi o jogador mais surpreendente do jogo?

Ryan Dunn, o ala de 24 anos, foi o grande surpresa. Ele não era titular, mas entrou no segundo quarto e marcou 14 pontos com 7 rebotes, incluindo uma finalização esquerda sob pressão que gerou uma falta. Sua energia e versatilidade ofensiva deram aos Suns uma nova opção de ataque. Muitos analistas já o chamam de "o segredo do banco" da equipe nesta temporada.

Quais são as próximas etapas para os Suns e Clippers?

Os Suns viajam para enfrentar os Warriors em Oakland no dia 9 de novembro, enquanto os Clippers recebem os Lakers no dia 10. Ambos os jogos são cruciais: os Suns precisam manter o ritmo para entrar na briga pelos playoffs, e os Clippers precisam vencer em casa para evitar o colapso da confiança. O próximo confronto direto será em Phoenix em 12 de dezembro — e promete ser ainda mais intenso.


Bruno Braga

Bruno Braga

Sou um jornalista especializado em notícias, com uma paixão por escrever sobre os acontecimentos diários no Brasil. Trabalho para um grande portal de notícias e adoro manter meu público informado sobre o que está acontecendo em nosso país.


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14 Comentários


Leandro Fialho

Leandro Fialho

novembro 8, 2025

Essa vitória dos Suns foi tipo uma lição de vida, mano. Ninguém esperava eles voltarem e dominar no mesmo lugar que foram goleados. O movimento de bola tá impecável, e o Grayson Allen tá jogando como se tivesse um mapa da mente dos defensores.
Essa equipe tá aprendendo a vencer sem depender só do Booker. É bonito de ver.

Eduardo Mallmann

Eduardo Mallmann

novembro 9, 2025

É indiscutível que a estrutura tática empregada pelos Suns representa um paradigma de coesão coletiva, ao passo que os Clippers evidenciam uma falha estrutural na coordenação defensiva, particularmente em contextos extracasa. A psicologia coletiva da equipe californiana parece estar em colapso, evidenciado pela inconstância nos lances livres e pela ausência de liderança situacional em momentos críticos.
Concluo, portanto, que a vitória não é acidental - é epistemologicamente necessária.

Timothy Gill

Timothy Gill

novembro 10, 2025

os suns nao tem estrelas mas tem inteligencia os clippers tem estrelas mas nao tem mente
o paul tá jogando 37 minutos e ainda erra dois lances livres seguidos
isso é o que acontece quando você confia em nome e nao em sistema
o dunk do brown no rebote foi o momento que tudo mudou
sem falar que o allen tá jogando como se tivesse visto o jogo antes

David Costa

David Costa

novembro 12, 2025

Quando vi o jogo, fiquei pensando na evolução do basquete moderno. Não é mais sobre individualismo, não é mais sobre estrelas que carregam a equipe. É sobre sincronia. É sobre quem entende o espaço, quem lê a defesa antes dela se formar. O Grayson Allen, por exemplo, não é o jogador mais talentoso da liga, mas ele é o mais consciente. Ele sabe quando recuar, quando acelerar, quando passar. E isso é raro.
Os Clippers têm talento, sim. Mas talento sem estrutura é como ter um carro de F1 com pneus carecas. Você tem potencial, mas não vai chegar a lugar nenhum. E o pior: você vai se desgastar tentando.
Essa vitória dos Suns não foi sorte. Foi construção. Eles treinaram isso. Eles viveram isso. Eles se recusaram a desistir da identidade mesmo depois de uma goleada. Isso é cultura. Isso é time. E os Clippers? Eles ainda estão procurando quem eles são.
Se eles não mudarem essa mentalidade, não importa quantos All-Stars contratem. Vão continuar perdendo fora de casa. Porque o problema não é o estádio. O problema é a cabeça.

Rayane Martins

Rayane Martins

novembro 12, 2025

Ryan Dunn é o novo segredo do basquete brasileiro. Se ele jogasse aqui, já tinha virado meme de treino de quadra.

Willian Paixão

Willian Paixão

novembro 14, 2025

Essa vitória dos Suns é um exemplo de como o trabalho em equipe realmente vence. Ninguém tá tentando ser o herói, todo mundo tá jogando pra equipe. Isso é o que todo time deveria seguir.
E o Allen? Nossa, ele tá em um nível diferente. Parece que ele vê o jogo 2 segundos antes de todo mundo.

Thiago Silva

Thiago Silva

novembro 15, 2025

Esse jogo me deu umas boas vibes, mano. A gente tá vendo um time que cresce junto, sem ego. E os Clippers? Parece que estão tentando vencer com o nome deles e não com o que fazem juntos.
Se o Paul não conseguir fazer a equipe se unir, tá difícil. Ele é bom, mas não é mágico.

Jailma Andrade

Jailma Andrade

novembro 16, 2025

Se o Chick-fil-A tivesse feito isso no Brasil, a gente teria um café da manhã grátis e uma crise de identidade nacional. Mas o mais triste é que os Clippers perderam o jogo e o café. Que decepção.

Rafael Pereira

Rafael Pereira

novembro 18, 2025

Isso aqui é o que o basquete deveria ser: jogadores se movendo, passando, criando espaço. Os Suns não precisam de um cara para salvar tudo. Eles sabem que quando todos jogam, o resultado vem. Isso é ensinar basquete, não só jogar.
Parabéns ao Monty Williams por manter a calma e a identidade. Muito bom ver isso.

Willian de Andrade

Willian de Andrade

novembro 19, 2025

o dunk do brown no rebote foi tipo um filme de acao
os clippers tava tudo errado e o allen so pegou e encaixou
meu deus que jogo
ja viu o nivel do allen?

Bruna Oliveira

Bruna Oliveira

novembro 19, 2025

Essa vitória dos Suns é uma declaração pós-moderna de que o individualismo esportivo está obsoleto. O movimento de bola como performance estética, a ausência de ego como ato revolucionário - e o Chick-fil-A? Uma metáfora capitalista da fragilidade psíquica do atleta contemporâneo. A pressão simbólica da promoção expôs a alienação da equipe californiana. Não foi um erro técnico. Foi um colapso existencial.

gustavo oliveira

gustavo oliveira

novembro 20, 2025

Galera, o Grayson Allen tá jogando como se tivesse o jogo na cabeça antes de entrar. Ele não tá tentando fazer tudo, tá só jogando. E isso tá matando os Clippers.
Se o Paul não resolver isso, vai ser só mais uma temporada perdida.

Sandra Blanco

Sandra Blanco

novembro 20, 2025

Isso tudo é só basquete. Não precisa exagerar. Eles jogaram, um ganhou, outro perdeu. Ponto final.

Caio Nascimento

Caio Nascimento

novembro 21, 2025

É importante observar que a vitória dos Suns foi, em grande parte, resultado de uma execução tática impecável, aliada a uma consistência defensiva que contrasta fortemente com a incoerência dos Clippers - especialmente nos lances livres, onde a taxa de conversão foi de 84% contra apenas 54,5% dos visitantes. Além disso, a liderança de Devin Booker, embora silenciosa, foi essencial para manter o equilíbrio emocional da equipe. A promoção da Chick-fil-A, embora aparentemente trivial, funcionou como um catalisador psicológico, exacerbando a pressão sobre os arremessadores californianos. Portanto, a derrota não foi apenas por falhas técnicas, mas por um desequilíbrio mental sistêmico.


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