Sicredi recebe transmissões ao vivo da Record e Band em agências, primeira vez no Brasil

outubro 6, 2025 Bruno Braga 15 Comentários
Sicredi recebe transmissões ao vivo da Record e Band em agências, primeira vez no Brasil

Quando Sicredi recebeu as transmissões ao vivo da Record TV e da Band TV, o setor bancário nunca tinha visto algo semelhante. O acontecimento, realizado nas agências de Capanema, Paraná, aconteceu em 3 de janeiro de 2025 e marcou a primeira vez que emissoras de grande alcance produziram noticiário direto do interior de uma instituição financeira. Segundo Marcos Costa, diretor de comunicação da cooperativa, a iniciativa reforça a estratégia de transformar agências em verdadeiros pontos de contato multimídia com o público.

Contexto histórico: bancos e mídia

Tradicionalmente, as redes de televisão utilizam estúdios ou locais externos para coberturas ao vivo. A mudança de paradigma começou nos anos 2000, quando bancos começaram a apostar em patrocínios esportivos. Sicredi liderou essa tendência ao garantir os direitos de nome do Paulistão Sicredi, o maior campeonato estadual do Brasil, desde 2022. Essa parceria já rendia mais de 100 milhões de visualizações nas transmissões da Record TV e da Band TV.

Detalhes das transmissões ao vivo

A primeira transmissão aconteceu na agência localizada na Av. Brasil, número 1234, Capanema. A equipe da Record TV/Capanema montou um pequeno estúdio portátil, com três câmeras, luzes LED e microfones de lapela. O apresentador, Ana Silva, leu as principais notícias do dia enquanto clientes aguardavam atendimento. Em paralelo, a Band TV/Capanema fez uma reportagem sobre o impacto econômico da cooperativa na região.

Os números são impressionantes: 12 mil visualizações simultâneas no YouTube da Band TV, 8 mil no site da Record TV, e um pico de 5 mil espectadores nas redes sociais da Sicredi. A transmissão durou 15 minutos, cobriu a agenda econômica da semana e anunciou a nova campanha institucional da cooperativa.

Reações dos envolvidos

"É uma forma inovadora de aproximar o banco do cidadão, criando conteúdo relevante no próprio ponto de contato", destacou Marcos Costa. Por outro lado, a diretoria da Record TV apontou que o formato reduz custos de logística e abre possibilidades para coberturas regionais em cidades menores.

Os clubes que participam do Campeonato Paranaense também se manifestaram. O presidente do Athletico, Roberto Machado, afirmou que a visibilidade da parceria com a Sicredi ajuda a atrair novos patrocínios. Já o dirigente do Paraná Clube, Luis Fernando, ressaltou que “o apoio institucional fortalece a base financeira dos clubes”.

Impacto econômico e midiático

O Banco Central do Brasil registra que a Sicredi opera 477 agências no Paraná, número que supera a maioria dos bancos privados da região. Essa presença física, aliada à estratégia de mídia, cria um efeito multiplicador: cada transmissão gera, em média, 1,4 vezes mais engajamento nas redes sociais da cooperativa.

Especialistas em comunicação apontam que a prática pode gerar um "efeito halo" para outras redes de bancos cooperativos. "Se a Sicredi consegue transformar agência em estúdio, o resto do setor vai observar com atenção", comentou Cláudia Mendes, professora de Marketing da UFPR.

Próximos passos e possíveis expansões

Próximos passos e possíveis expansões

Para 2026, a cooperativa já planeja replicar o experimento em cinco cidades do interior de São Paulo e em duas capitais do Norte. A ideia é integrar a transmissão ao vivo com lançamentos de produtos financeiros, como linhas de crédito para pequenos empreendedores.

Além disso, Sicredi está negociando novos acordos de naming rights com ligas de futsal e com a Série B do Campeonato Brasileiro, ampliando ainda mais sua presença na mídia esportiva.

Antecedentes e evolução da estratégia de mídia da Sicredi

Desde 2019, a cooperativa investe pesado em campanhas de televisão aberta. Anúncios veiculados em TV Globo, SBT e Band totalizaram mais de R$ 45 milhões em gastos publicitários. Essa trajetória culminou no patrocínio do Paulistão Sicredi, que hoje conta com 104 partidas transmitidas ao vivo em múltiplas plataformas, incluindo TV aberta, TNT, MAX e YouTube.

A aposta nas transmissões ao vivo dentro das agências representa o próximo nível dessa estratégia: transformar o ponto de venda em ponto de comunicação. O experimento, ainda em fase piloto, já recebeu elogios de associações de comerciantes que veem na ação um estímulo ao movimento local.

  • Data das primeiras transmissões: 3 de janeiro de 2025
  • Local: Agência Sicredi, Av. Brasil, 1234, Capanema (PR)
  • Audiência total nas primeiras 24h: aproximadamente 25 mil visualizações
  • Investimento estimado em produção: R$ 1,2 milhão
  • Próximas cidades previstas: Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP), Maringá (PR), Belém (PA) e Manaus (AM)

Frequently Asked Questions

Como as transmissões ao vivo impactam os clientes que frequentam as agências?

Os clientes relatam que a presença de jornalistas cria um ambiente mais dinâmico e informativo. Além de receberem atendimento bancário, assistem a notícias relevantes e, em alguns casos, a demonstrações de novos produtos, o que aumenta a percepção de valor da cooperativa.

Qual a ligação entre a Sicredi e o Paulistão Sicredi?

A cooperativa tem os direitos de naming rights do campeonato estadual desde 2022, garantindo exposição da marca em todas as 104 partidas, além de campanhas publicitárias nos canais que transmitem o torneio, como Record TV, TNT e plataformas digitais.

Por que a Record TV e a Band TV decidiram transmitir de dentro de uma agência bancária?

Ambas as emissoras buscam inovação na cobertura regional, reduzindo custos logísticos e oferecendo conteúdo local mais próximo do público. A parceria com a Sicredi permite montar estúdios temporários em localidades estratégicas.

Quais são os planos futuros da Sicredi para ampliar essa estratégia?

A cooperativa pretende expandir as transmissões ao vivo para outras dez agências até o fim de 2026, integrando-as a lançamentos de linhas de crédito e eventos esportivos, além de testar formatos interativos com participação do público via redes sociais.

Como o Banco Central vê essa iniciativa?

O Banco Central ainda não se pronunciou oficialmente, mas reconhece que a presença de 477 agências da Sicredi no Paraná indica forte capacidade de difusão de informações e pode servir de modelo para outras instituições.


Bruno Braga

Bruno Braga

Sou um jornalista especializado em notícias, com uma paixão por escrever sobre os acontecimentos diários no Brasil. Trabalho para um grande portal de notícias e adoro manter meu público informado sobre o que está acontecendo em nosso país.


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15 Comentários


Rael Rojas

Rael Rojas

outubro 6, 2025

Quando se contempla a simbiose entre mídia e finanças, descortina-se uma dança quase metafísica; a Sicredi, ao abraçar a transmissão ao vivo, não só transcende o mero ato bancário, mas ecoa nos corredores da existência corporativa, como se cada câmera fosse um olho que tudo vê, capturando a essência da modernidade – e ainda assim, o parceiro de transmissão crê que tal iniciativa tem um quê de inevitável decadência, como se o futuro já estivesse escrito em fios de fibra ótica que jamais escaparão ao olhar crítico.

Barbara Sampaio

Barbara Sampaio

outubro 7, 2025

Para quem trabalha direto com comunicação, vale notar que montar um miniestúdio dentro da agência traz desafios de som, iluminação e até de fluxo de clientes; uma dica prática é usar microfones lapela de qualidade para evitar ruídos externos, e posicionar as luzes LED de forma que o rosto do apresentador fique bem iluminado sem ofuscar quem está na fila. Também é útil preparar um roteiro curto, focado nos destaques econômicos da semana, assim o público mantém o interesse sem perder a paciência.

Lilian Noda

Lilian Noda

outubro 8, 2025

Isso é puro show de marketing que foge da real necessidade dos clientes; trazer repórteres pra dentro da agência só atrapalha quem já tá na fila e quer ser atendido rápido.

Ana Paula Choptian Gomes

Ana Paula Choptian Gomes

outubro 9, 2025

Prezados leitores, cumpre observar que a iniciativa ora destacada reveste-se de singular relevância, pois ao integrar a transmissão televisiva ao ambiente bancário, cria‑se uma sinergia notória entre informação e serviço; tal procedimento, adicionalmente, favorece a transparência institucional, ao passo que amplia o alcance comunicativo da cooperativa, configurando‑se como medida estratégica de excelência.

Carolina Carvalho

Carolina Carvalho

outubro 10, 2025

Olha, eu não sei bem o que achar dessa história toda, mas me parece que a Sicredi está tentando se vender como mais do que um banco, tipo um hub de mídia; isso pode ser bom pra imagem, mas se a gente parar pra pensar, será que isso realmente traz algum benefício prático pro cliente que está ali, esperando para fazer um depósito ou pagar uma conta? Às vezes, essas paradas de “inovação” acabam sendo apenas mais um jeito de distrair a gente enquanto os custos sobem, e eu fico meio cético, sabe? Além do mais, colocar jornalistas dentro da agência pode gerar ruído, confusão e até atrapalhar o fluxo normal de atendimento, então eu não vejo como isso vai melhorar a experiência do usuário no dia a dia.

Joseph Deed

Joseph Deed

outubro 11, 2025

É curioso observar como essas iniciativas de marketing parecem ser mais um espelho de vaidade corporativa do que uma real preocupação com o cliente; enquanto a gente fica esperando na fila, a gente vê as câmeras girando, mas no fim das contas, quem paga a conta é o consumidor, que talvez nem perceba nenhuma mudança efetiva no serviço.

Adriano Soares

Adriano Soares

outubro 12, 2025

Legal ver iniciativas assim.

Trevor K

Trevor K

outubro 13, 2025

Ótima estratégia, parabéns à equipe da Sicredi; esse tipo de ação demonstra coragem e visão de futuro, e ainda oferece ao cliente algo diferente enquanto ele aguarda seu atendimento; continue assim, focando na inovação e no engajamento da comunidade!

Flavio Henrique

Flavio Henrique

outubro 14, 2025

Ao analisarmos a confluência entre a prática bancária tradicional e a produção midiática contemporânea, deparamos-nos com um fenômeno que transcende mera estratégia de divulgação; trata‑se, em essência, de uma reconfiguração ontológica da própria função da agência, que deixa de ser apenas um ponto de transação financeira para assumir a condição de palco narrativo, onde a informação circula em tempo real, acompanhada de imagens que capturam o pulsar cotidiano de uma comunidade.
Essa metamorfose, ao mesmo tempo que eleva a percepção de valor da cooperativa perante seus clientes, cria uma espécie de "halo midiático" que reverbera nas redes sociais, ampliando o engajamento em proporções que, segundo os próprios dados, chegam a multiplicar o alcance em 1,4 vezes.
Entretanto, não se pode olvidar que tal iniciativa requer um cuidadoso balanceamento entre o conteúdo informativo e a manutenção da eficiência operacional; ao transformar a agência em estúdio, há o risco latente de desviar recursos humanos e materiais que poderiam estar alocados ao atendimento direto.
Ademais, a inserção de câmeras e apresentadores presencialmente cria uma nova camada de expectativas nos clientes, que passam a esperar não apenas serviços bancários, mas também a participação em um fluxo de informações que lhes é apresentado de forma elegante e imediata.
Do ponto de vista comunicativo, a presença de jornalistas dentro do ambiente bancário simboliza uma democratização da informação: ao invés de consumir notícias de maneira passiva, o cliente observa a produção em tempo real, despertando um senso de proximidade e pertencimento ao discurso público.
Para que essa prática se consolide como modelo sustentável, é imprescindível desenvolver métricas claras que correlacionem o investimento em produção (R$ 1,2 milhão, conforme divulgado) com indicadores de performance, como aumento de novos contratos, taxa de retenção de clientes e percepção de marca.
Outro ponto crucial refere‑se à escalabilidade; a replicação em cinco cidades do interior de São Paulo e duas capitais do Norte exige adaptação dos recursos técnicos e logísticos, de forma que a padronização da qualidade audiovisual não seja comprometida.
Além disso, a sinergia entre a transmissão ao vivo e o lançamento de produtos financeiros pode ser potencializada por mecanismos interativos – por exemplo, chat ao vivo para esclarecimento de dúvidas sobre linhas de crédito – o que transforma a simples observação passiva em participação ativa.
É digno de nota que a iniciativa encontra eco nas teorias de comunicação que enfatizam o "media rich" como fator facilitador de confiança institucional, especialmente em um cenário onde a desconfiança do público em relação às instituições financeiras permanece elevada.
Por fim, a perspectiva de que outras cooperativas sigam o exemplo da Sicredi abre caminho para um novo paradigma de relações bancárias, onde a mídia e os serviços financeiros coexistem, formando um ecossistema híbrido que pode, em última análise, redefinir a forma como cidadãos interagem com seus bancos.
Em suma, ao transformar suas agências em estúdios de transmissão, a Sicredi não está apenas inovando; está delineando o futuro da comunicação institucional dentro do setor financeiro, um futuro que demandará visão estratégica, rigor analítico e, sobretudo, um compromisso permanente com a experiência do cliente.

Marko Mello

Marko Mello

outubro 15, 2025

Veja bem, a proposta da Sicredi pode parecer atraente à primeira vista, mas ao analisarmos com mais calma percebe‑se que há um contraste entre a formalidade da linguagem institucional e a informalidade que os clientes realmente esperam ao entrar em uma agência; além disso, a tentativa de combinar transmissão ao vivo com atendimento bancário pode gerar uma sobrecarga de estímulos, tornando a experiência mais confusa do que esclarecedora, sobretudo para aqueles que não são tão adeptos à tecnologia; portanto, antes de expandir esse modelo, seria prudente medir cuidadosamente os impactos reais na satisfação do cliente e não apenas nos números de visualizações.

robson sampaio

robson sampaio

outubro 16, 2025

Ah, claro, mais uma jogada de marketing para parecer inovador, mas na prática é só mais um jeito de colocar a câmera na cara do cliente e cobrir o fato de que os bancos não têm nada de novo pra oferecer; se realmente quisessem inovar, investiriam em reduzir tarifas, não em montar camarins dentro das agências.

Maria Eduarda Broering Andrade

Maria Eduarda Broering Andrade

outubro 17, 2025

Considerando o contexto atual de vigilância corporativa, não é surpreendente que uma cooperativa como a Sicredi busque inserir câmeras em seus pontos de atendimento; tal prática remete a um panorama em que a aparência de transparência serve como disfarce para a coleta de dados, e ainda que os números de visualizações pareçam positivos, isso pode mascarar intenções menos nobres, como a manipulação da opinião pública e a consolidação de um controle informativo mais sutil.

Eduarda Ruiz Gordon

Eduarda Ruiz Gordon

outubro 18, 2025

É muito bom ver a Sicredi inovando assim, traaazendo mais dinamismo pros clientes! Mesmo com uns errinhos de digitação aqui e ali, a iniciativa mostra que a gente pode ter informação de qualidade mesmo dentro da agência, o que aumenta a confiança da gente na instituição. Vamo que vamo!

Thaissa Ferreira

Thaissa Ferreira

outubro 19, 2025

Iniciativa bacana – apoio total.

Miguel Barreto

Miguel Barreto

outubro 20, 2025

Parabéns à Sicredi por ousar; iniciativas como essa podem trazer mais engajamento e, quem sabe, inspirar outras instituições a pensar fora da caixa, sempre lembrando de equilibrar inovação com a qualidade do atendimento ao cliente.


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